O Que Você Precisa Saber para Fazer um Transplante Renal
- Dra. Carlucci Ventura
- 23 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de mar. de 2024
O Transplante Renal é o tratamento de escolha para a maioria dos pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) avançada. Um transplante bem sucedido está associado com melhor sobrevida e melhor qualidade de vida, comparado à diálise
convencional.

Após o transplante, é possível retornar a uma vida praticamente normal. É importante entender que o transplante renal é um tratamento que requer a tomada contínua das medicações imunossupressoras, para evitar a rejeição do
órgão, além de consultas periódicas com o seu nefrologista.
Todo paciente portador de DRC deve receber informações sobre os riscos associados ao transplante, os resultados do transplante comparados à diálise e sobre os diferentes tipos de doadores.
O médico nefrologista é o especialista que prepara e libera o paciente para o
transplante renal. Ele também acompanha todo o processo de preparação, como a escolha do doador vivo, entre outros procedimentos necessários para que a cirurgia seja um sucesso.
A cirurgia é realizada por uma equipe de urologistas e o acompanhamento clínico
pós transplante é realizado pelo nefrologista, em consultas seriadas.

Quando o Transplante Renal deve ser realizado
O transplante renal deve ser realizado nos pacientes portadores de DRC terminal, quando a taxa de filtração glomerular (TFG) decai para 10-12 mL/min/1.73 m 2 . Não há benefício em realizar o transplante renal isolado com TFG > 15 mL/min/1.73 m 2 .
O Sistema Nacional de Transplantes estabelece uma TFG ≤ 10 ml/min/1.73 m2 ou que o paciente esteja sob tratamento dialítico para ser inscrito em lista de espera para transplante renal com doador falecido.
Avaliação Inicial do Receptor para Transplante
A avaliação inicial do receptor para transplante deve englobar:
1) Avaliação clínica e exame físico detalhado,
2) Avaliação cirúrgica
3) História psico-social.
Os riscos potenciais para sensibilização devem ser reportados e incluem:
transfusão de glóbulos ou plaquetas, número de gestações/abortos e
transplante prévio.
Um exame cuidadoso do abdômen para verificação de cirurgias prévias é
necessário.
Avaliação inicial: exames complementares

A avaliação cardiovascular é um importante passo na abordagem do candidato ao transplante renal, pois as doenças cardiovasculares são as maiores causas de mortalidade após o transplante, contribuindo também para grande morbidade e mortalidade do paciente em lista de espera.
A cirurgia de Transplante Renal
Durante a cirurgia, o novo rim é implantado na parte inferior do abdômen, perto da bexiga. A artéria e veia do novo rim são ligadas na artéria e veia do paciente.
O novo ureter, o tubo que liga os rins à bexiga, é conectado na bexiga.
O novo rim pode começar a funcionar imediatamente ou pode levar algumas semanas para retomar suas funções, sendo neste caso necessário manter a diálise temporariamente após o transplante.
Os rins próprios do paciente, que não funcionam mais, geralmente permanecem no local de origem. Na verdade, eles só precisam ser removidos nos casos em que estão causando infecções ou a formação de inúmeras pedras.
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